sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Shanti Devi




O facto de ninguém saber o que acontece depois da morte causa grandes discussões e conspirações sobre o tema, especialmente pelo misticismo à sua volta.

Shanti Devi , nascida em Deli, Índia (11 de dezembro de 1926 - 27 de dezembro de 1987) ficou conhecida pela sua suposta reencarnação, pois desde criança relatava que tinha vivido anteriormente. A certo ponto ela visitou o local em que teria vivido com o nome de Lugdi Devi, tendo inclusive reencontrado os seus supostos marido e filhos.




Aos 3 anos Shanti Devi começou a falar sobre o seu marido e os seus filhos. No inicio os pais não se preocuparam e até gostaram da conversa, porque acreditavam que ela via neles uma família feliz. Só que depois isso passou a preocupar os pais, porque Shanti não brincava como as crianças da sua idade.
A sua mãe então chamou-lhe para conversar, e a menina disse que o nome do seu marido era Kedarnath e morava em Mutra com os seus filhos.

A menina foi levada ao médico, que garantiu que ela era normal,tendo dito que ela estava a inventar histórias para chamar à atenção.
O médico entrevistou a menina, que contou toda a história com detalhes. Quando o médico lhe perguntou porque é que ela era apenas uma criança, ela respondeu:
- Eu morri há mais ou menos 1 ano antes de nascer. O meu nome era Ludgi e eu morri a dar à luz a outro filho. Shanti deu detalhes da gravidez e contou que o filho sobreviveu ao parto. A menina tinha resposta para todas as perguntas do médico.

Depois disso o seu tio resolveu investigar o caso e mandou uma carta para a morada indicada pela criança, a procurarpor um homem chamado Kedarnath que teria perdido a mulher em 1925.

Kedarnath existia mesmo e recebeu a carta. Assustado, pediu a um primo que morava em Deli para visitar Shanti e ver se aquilo tudo não era um tipo de esquema ou brincadeira de mau gosto.
Ao chegar lá a criança reconheceu o primo do marido, conversaram, tendo o primo de Kerdarnath confirmado toda a história dela. Ficou decidido que Kerdarnath e os seus filhos iriam visitar Shanti em Deli.

Quando chegaram lá, o filho de Kedarnath foi coberto de beijos por Shanti e chamado pelos apelidos carinhosos que Ludgi utilizava. Com Kedarnath, Shavi tratou-lhe como uma adulta, servindo a ele, tal como a sua esposa submissa fazia. Kerdarnath chorou e foi consolado com palavras que só Ludgi e ele conheciam.

O caso foi parar à imprensa e um grupo de cientistas e repórteres levaram Shanti até Mutra para ver se ela falava a verdade, ou se aquilo tudo era uma farsa para a imprensa.
Chegando a Mutra, Shanti reconheceu os pais do seu marido, e falou com eles no dialeto de Mutra, e não na lingua que ela aprendeu em Deli. Depois ela indicou o caminho e levou os repórteres e cientistas até à antiga casa de Ludgi. Ela encontrou a casa, reconheceu-a, mas disse que quando ela era viva a casa era amarela, sendo que agora tinha sido pintada de branca.
Kerdarnath não morava mais ali, tinha se mudado com os filhos e os novos moradores não permitiram a entrada de Shanti na casa.

Depois ela foi visitar a mãe de Ludgi. A mulher ficou muito assustada com a miúda que falava como a sua filha Ludgi e sabia de coisas que só Ludgi sabia, lembrando-se até do próprio funeral.
Quando questionada sobre alguma mudança na casa da mãe, ela falou de um poço que outrora existiu no fundo da casa. Escavaram o local e encontraram um poço que tinha sido fechado.

Apesar de tudo, Shanti não podia assumir o papel de mãe tendo em conta que os seus filhos eram mais velhos que ela, e não poderia assumir o papel de esposa, pois o seu "ex-marido" sentia mais temor do que afeto por ela, até porque um homem adulto ser casado com uma criança seria no mínimo embaraçoso.

Shanti Devi viu que não podia viver em 2 mundos, e viver no passado seria mais difícil e doloroso do que viver no presente. Numa decisão tomada através de aconselhamento e bastante sofrimento, ela afastou-se da família antiga em e viveu em Deli.

Em 1958 um repórter tentou reabrir o caso e encontrou Shanti a levar uma vida discreta como funcionária pública em Delhi. Quando foi falar com ela, ela disse que não queria mais reviver o passado. Tinha sido difícil esquecer a sua velha família e ela não queria mais sentir aquela dor.

Ficou provado que uma menina que nasceu em Delhi em 1926 sabia tudo da vida de uma mulher que morreu em 1925 em Mutra.


Se entenderem inglês, deixo um ótimo vídeo que aborda toda a situação em tono do caso Shanti Devi.



O que acharam deste post? Admito que pessoalmente, não nego a existência da reencarnação..o caso Shanti Devi apenas serve para levantar mais umas dúvidas.

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