quinta-feira, 12 de março de 2015

Síndrome de Cotard


Hoje vou falar sobre algo bastante curioso mas ao mesmo tempo bizarro. Nos dias de hoje, os zombies são bem conhecidos e a sua popularidade apenas tende a aumentar. Quem não conhece ninguém que passe o tempo todo a falar de "The Walking Dead" ou de qualquer outra série/filme relacionado com o tema ou que se mascare de zombie no Carnaval?

E se conhecesses alguém que achava ser um zombie? Sim, existem pessoas assim. A condição é conhecida como "Síndrome de Cotard"




O Síndrome de Cotard, também conhecido como síndrome do cadáver ambulante, é uma condição psicológica raríssima que faz a pessoa achar que está morta.

Mas o problema não para por aí. A pessoa pode achar que não existe, que está sem sangue, com os órgão internos parados ou inativos, em decomposição. Pode ainda achar que os seus familiares ou amigos não existem mais.

A situação pode apresentar vários graus de gravidade. Nos casos mais leves, os pacientes sentem desespero. Já nos mais severos, a pessoa pode negar a sua existência e até a de outras pessoas.

O facto de o paciente delirar que está morto evidencia um pensamento depressivo. O síndrome pode surgir no contexto de uma doença neurológica ou mental, e o tratamento é feito por meio do uso de antidepressivos e, em alguns casos, com electrochoque.

Casos - A descoberta da síndrome aconteceu em 1880, quando o neurologista francês Jules Cotard descreveu o caso de Mademoiselle X, uma mulher de 43 anos que sofria de uma melancolia ansiosa grave, com um delírio hipocondríaco caracterizado pela convicção de que os seus órgãos não existiam. Desde então, começaram a surgir novos casos.

Recentemente, Graham Harrison,proveniente da cidade de Exeter (Reino Unido), acordou após uma tentativa de suicídio fracassada. Como se tentou matar electrocutado, achou que não possuía mais o seu cérebro e que era um zombie..Harrison foi diagnosticado com o síndrome. Ele afirma que não tinha mais olfato ou paladar, e não achava sentido a comer. Não sentia prazer e começou a passear por cemitérios como um morto-vivo.

Exames de imagem do cérebro mostraram que algumas áreas estavam inativas no paciente, um pouco como uma pessoa em estado vegetativo. Ele livrou-se do delírio após anos de psicoterapia e remédios.

Em suma, pode-se dizer que o síndrome é meramente psicológico, podendo ser confundida com doenças como esquizofrenia ou depressão..tem cura, através de antidepressivos e sessões de electroterapia, dependendo sempre da força de vontade do paciente..

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